AB - Vendas de caminhões saltam 46% no primeiro semestre

As vendas de caminhões saltaram 46,1% no primeiro semestre na comparação com igual período do ano passado. Dados divulgados na quinta-feira, 4, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), indicam que foram emplacadas mais de 46,7 mil unidades contra as 32 mil de um ano atrás. O segmento continua sendo impulsionado pela categoria de caminhões pesados, com PBT acima de 15 toneladas, graças ao forte desempenho do agronegócio: eles respondem por 51% das vendas do período.

Para o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, outras categorias, como caminhões não estão reagindo na mesma proporção por falta de aquecimento da economia. “Há o fator desemprego que afeta o consumo e o varejo, por isso há pouca movimentação nos centros urbanos”, argumenta.

No comparativo mensal, as vendas de junho somaram 7,6 mil caminhões, representando queda de 15,8% sobre as 9,1 mil unidades emplacadas em maio. Esse foi o efeito de três úteis a menos em junho. “Se tivéssemos os mesmos dias úteis de maio, teríamos emplacado 9 mil caminhões”, disse. “Mas o resultado está em linha com o planejamento que a Anfavea vem trabalhando para o ano para o segmento”, completa.

A projeção da entidade prevê que as vendas de veículos comerciais pesados deverão encerrar 2019 em 105 mil unidades, na soma de caminhões e ônibus, o que se for confirmado, representará crescimento de 15,3% sobre o resultado de 2018.

Graças ao mercado interno, houve alta de 11,8% da produção de caminhões: a indústria nacional entregou 55,4 mil unidades em seis meses. A produção também foi puxada pela categoria pesada, com alta de 36,3% do volume. As demais registraram queda. Na contramão do mercado interno, as exportações de caminhões recuaram 58,6%, com volume de 5,9 mil unidades, efeito da crise na Argentina.

Pelas projeções, a Anfavea espera produzir 11,9% mais veículos pesados este ano, com volume de 150 mil unidades, entre caminhões e ônibus. Já nas exportações, a entidade revisou o volume total para baixo, mas desta vez não especificou o volume esperado de exportações de pesados.